sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
Não sei como diabos eu fui me esquecer de postar isso.
É o nosso primeiro teste finalizado. É quase igual ao ali de baixo, mas com pequenos ajustes de iluminação criados no After Effects o clima da cena ficou completamente diferente.
A primeira coisa que fiz foi colocar uma foto atrás da janela. O vidro gerado no 3d tem um pouco de reflexo e transparência, por isso eu tenho que colocar uma imagem no fundo para completar o cenário. Usei uma foto real de uma cidade, tratada para parecer pintura, e levemente desfocada. Esse desfocado não serve apenas para criar a ilusão de profundidade de campo provocada pelas limitações ópticas de uma câmera de cinema, mas também para criar uma "perspectiva de foco", diminuindo a atenção do espectador no fundo para que ele se concentre no personagem e na ação.
Outra coisa que fiz foi iluminar o projeto (ou a composição, ou a cena) com uma luz do próprio After Effects. A cor dessa luz é um azul claro que não foi escolhido ao acaso: foi tirado diretamente da foto da cidade usada na janela, para manter uma "coerência de cor" na cena.
(continua)
É o nosso primeiro teste finalizado. É quase igual ao ali de baixo, mas com pequenos ajustes de iluminação criados no After Effects o clima da cena ficou completamente diferente.
A primeira coisa que fiz foi colocar uma foto atrás da janela. O vidro gerado no 3d tem um pouco de reflexo e transparência, por isso eu tenho que colocar uma imagem no fundo para completar o cenário. Usei uma foto real de uma cidade, tratada para parecer pintura, e levemente desfocada. Esse desfocado não serve apenas para criar a ilusão de profundidade de campo provocada pelas limitações ópticas de uma câmera de cinema, mas também para criar uma "perspectiva de foco", diminuindo a atenção do espectador no fundo para que ele se concentre no personagem e na ação.
Outra coisa que fiz foi iluminar o projeto (ou a composição, ou a cena) com uma luz do próprio After Effects. A cor dessa luz é um azul claro que não foi escolhido ao acaso: foi tirado diretamente da foto da cidade usada na janela, para manter uma "coerência de cor" na cena.
(continua)
terça-feira, 27 de novembro de 2007
Um dos maiores empecilhos à realização do nosso filme, por enquanto, é o fato de eu estar envolvido como professor-substituto-assistente em 5 disciplinas da graduação da Escola de Belas Artes, ao mesmo tempo em que sou aluno do doutorado na mesma escola. Hoje consegui terminar um trabalho para essa disciplina, e fechei o texto com um texto escrito por um poeta francês em 1927 mas que até hoje é extremamente pertinente para quem gosta e se importa com o cinema:
“(...) A noite, amiúde, só nos traz insônia, inquietude, tormentos. O cinema nos oferece suas trevas. Penetremos no drama que nos apresentam. Se os heróis não tiverem alma de carne moída, se o objeto de seu tormento for válido, entraremos naturalmente no universo onde eles se agitam. Mas se não passarem de fantoches, nossas gargalhadas soarão altas e brutais (...) constata-se que, salvo salvo nos jornais da tela e em alguns filmes alemães, jamais se filma um enterro. É curioso notar que tanto o espetáculo da morte como o do amor foram banidos do cinema – e por amor entendo o amor pelo amor, com sua bestialidade e seus aspectos magníficos e selvagens. (...) Censor desconhecido, você chegou a avaliar bem o sentido dessas derradeiras cenas, ou seriam de aço sua alma e seu coração? (...) Deixem-nos com nossas desejáveis heroínas, deixem-nos com nossos heróis. Nosso mundo é desprezível demais para que nosso sonho seja irmão da realidade (...) Precisamos de amores e amantes à altura das lendas inventadas por nossos espíritos.”
“(...) A noite, amiúde, só nos traz insônia, inquietude, tormentos. O cinema nos oferece suas trevas. Penetremos no drama que nos apresentam. Se os heróis não tiverem alma de carne moída, se o objeto de seu tormento for válido, entraremos naturalmente no universo onde eles se agitam. Mas se não passarem de fantoches, nossas gargalhadas soarão altas e brutais (...) constata-se que, salvo salvo nos jornais da tela e em alguns filmes alemães, jamais se filma um enterro. É curioso notar que tanto o espetáculo da morte como o do amor foram banidos do cinema – e por amor entendo o amor pelo amor, com sua bestialidade e seus aspectos magníficos e selvagens. (...) Censor desconhecido, você chegou a avaliar bem o sentido dessas derradeiras cenas, ou seriam de aço sua alma e seu coração? (...) Deixem-nos com nossas desejáveis heroínas, deixem-nos com nossos heróis. Nosso mundo é desprezível demais para que nosso sonho seja irmão da realidade (...) Precisamos de amores e amantes à altura das lendas inventadas por nossos espíritos.”
Robert Desnos
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
menininhas....
testes de menininhas, tem mais um montão pra postar, eu(Jáider) estou a cargo das menininhas, ainda tenho que postar a versão feminina mais madura, a que fará suco do pobre do Roberto....
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
A equipe inteira está trabalhando duro na primeira seqüência do filme. O primeiro plano a ficar "pronto" foi o 01-04 - aqui está o teste dele, com som-guia, desenhos vetorizados e coloridos, e cenário pronto. Só faltou mexer na correção de cor, mas vou deixar isso para depois. Só de ver o desenho colorido se movendo sobre o cenário já deu para ver que nosso plano maluco está funcionando!
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
As neves do Kilimanjaro
Faltam quatro meses e meio pra entregar o filme, ainda não tem nenhuma seqüência pronta, o talão de cheques acabou, a produtora está viajando, ainda faltam duzentos mil polígonos de cenário pra modelar, não tem nem um segundo de som gravado, não sei quem vão ser os atores... e eu acordo com uma gripe cavalar, daquelas que transformam seu sangue em água com gás e parece que sua pele virou argila.
Estou me lamentando assim porque me passaram o link do blog do Fernando Meirelles onde ele conta os bastidores do novo filme dele. Os posts são interessantes, mas os centenas de comentários de adolescentes dizendo que cinema é linduuuu e que adorariam ser cineastas e fazer escola de cinema me deixaram muito entediado.
O engraçado do blog é que ele reclama de umas coisas muito prosaicas. Esse pessoal do live action é folgado mesmo. Recebem milhões de dólares pra fazer o filme, trabalham com uma equipe de centenas de pessoas, passam o dia ao ar livre andando de lá pra cá, com marmitex e tudo mais, e ainda reclamam da vida.
Tem um post por exemplo onde ele reclama que a filmagem atrasou por causa de uma chuva. Caramba. Tem dias que tudo que eu queria era uma chuva na cara. Depois de passar 3 dias modelando um banheiro, por exemplo. A pele fica meio verde, as articulações começam a ranger, os músculos vão sendo dissolvidos pra virar energia pra manter seu metabolismo basal, e você lá calculando quanto vai ser o release do turbo smooth do mesh da torneirinha do bidê.
E aí você confere no storyboard e descobre que o bidê não vai aparecer no filme.
Nessas horas dá vontade de matar o primeiro que passar pela frente. Mas quem? Não tem ninguém. Você está sozinho na sala da sua casa, são 4 da manhã. Suas únicas companhias são um notebook quente e o vento frio da madrugada.
Eu acho que meu próximo filme vai ser um documentário. Filmado nas savanas da África. Nas neves do Kilimanjaro. Sol, animais selvagens, sangue, carne crua, plantas venenosas. Aventura, ação, natureza, coisas reais! Mas é óbvio que no terceiro dia eu já ia estar morrendo de saudade de animação.
Outro dia me entrevistaram para um programa de TV. Perguntaram por que eu fazia animação. Fiquei rindo sozinho, de nervoso. Não sei. Não dá pra explicar, assim, de cara. Voltem quando eu estiver no leito de morte. Talvez até lá eu tenha entendido.
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
terça-feira, 11 de setembro de 2007
domingo, 9 de setembro de 2007
"Estudo de personagem"
Na última reunião, eu ( Jáider) e Mateus esboçamos alguns layouts de persogens, assim como esses, ainda estamos definindo o layout final, porém começamos a mesclar nossos traços, o que está sendo excelente.
Palavras de Sabedoria
"A progressive, intelligent approach to animation, and realization
that it is an expressive medium, is imperative if we want to keep
animated cartoons from stagnating. Development and growth of
animation is dependent upon varied, significant subject manner
presented in an organized form, evolved from elements inherent
in the medium. Among the least understood of these elements are
the graphic ones. In spite of the fact that animation is almost
entirely concerned with drawings, drawings which must function
in both time and space."
John Hubley, animador e diretor, 1942
that it is an expressive medium, is imperative if we want to keep
animated cartoons from stagnating. Development and growth of
animation is dependent upon varied, significant subject manner
presented in an organized form, evolved from elements inherent
in the medium. Among the least understood of these elements are
the graphic ones. In spite of the fact that animation is almost
entirely concerned with drawings, drawings which must function
in both time and space."
John Hubley, animador e diretor, 1942
sábado, 8 de setembro de 2007
Dia de reunião. Mateus e Jaider trabalham no design dos personagens enquanto eu pesquiso algumas referências visuais. O Mateus achou uns blogs muito bons sobre cenários para animação:
http://animation-treasures1.blogspot.com/
http://kasefase.blogspot.com
E uma pequena imagem para nos inspirar:
http://animation-treasures1.blogspot.com/
http://kasefase.blogspot.com
E uma pequena imagem para nos inspirar:
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007
O jogo já começou!
Começou hoje, oficialmente, a produção do curta-metragem de animação "Flashback", dirigido por Daniel Poeira e produzido por Débora Poeira para a Poeira Filmes.
O curta será financiado pela Lei de Incentivo à Cultura da Prefeitura de Belo Horizonte e contará com a participação de diversos talentos locais, entre atores, atrizes, músicos, animadores e roteiristas.
Fiquem ligados nesse blog e acompanhem passo-a-passo a produção do curta, com todas as comédias e tragédias que fazem parte dessa louca profissão que é a produção de filmes de animação.
Eu sou Daniel Poeira e serei seu guia nessa perigosa e excitante aventura!
O curta será financiado pela Lei de Incentivo à Cultura da Prefeitura de Belo Horizonte e contará com a participação de diversos talentos locais, entre atores, atrizes, músicos, animadores e roteiristas.
Fiquem ligados nesse blog e acompanhem passo-a-passo a produção do curta, com todas as comédias e tragédias que fazem parte dessa louca profissão que é a produção de filmes de animação.
Eu sou Daniel Poeira e serei seu guia nessa perigosa e excitante aventura!
sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007
14/02/2007 - BH conhece os projetos beneficiados pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura | ||
A Lei Municipal de Incentivo à Cultura divulga o resultado dos aprovados em 2006 . Num total de 542 projetos inscritos, 109 foram aprovados, resultando num valor destinado a eles de R$5.894.218,61, o maior desde 1998. O resultado está disponível no site da Prefeitura de Belo Horizonte (www.pbh.gov.br/cultura), na portaria da Fundação Municipal de Cultura (Ed. Chagas Dória, Rua Sapucaí, 571, Floresta), das 8 às 18 horas, e publicado no Diário Oficial do Município do dia 14 de fevereiro. |
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